LEITO VAZIO…
Por Edvaldo Rosa
Como amo a desordem em nosso leito…
Amo todo e tanto o seu desalinho!
É prova que nele, nos abraçamos,
que dele fizemos nosso ninho!
Quando toda a colcha,
tiver alinhado o seu linho
será prova inconteste
de que ali estive sozinho!
Pois meu leito sem ti minha amada
é deserto sem água e sol a pino
e nele vago sem parada
com os sentidos enlouquecidos…
Talvez uma gota de lágrima nele se aninhe,
última lágrima antes do sono sozinho…
Sem sonhos, esperanças e mais nada!
Somente tu em meu leito amada,
é promessa de um venturoso dia,
duma tarde morna e perfumada,
duma noite de sonhos e desejos…
onde o brilho de seus olhos,
brilhará mais que as estrelas no céu cravadas!
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Livro: Caminhando com as borboletas – página 60