POEMA EM OITO MOVIMENTOS
Por Álvaro Pacheco
1. O Homem
Que homem sou eu, ser abstrato
pisando caminhos nulos, atônito
e frenético, que asas
bato, que forças, que alento
e que esperança?
Que homem sou eu, de pele nua
sem nenhuma crença, de coração
constrito, que ninguém conhece?
E rota, que rotas
me traça o vento
por cima do alento
e além
do tumulto?