neoplatônico
Por Severino Antônio
cada amor
com lábio em falta.
mais que lacuna, hiato
para a passagem
do incriado canto,
que os corpos sonham,
inacabados.
o que se move
no visível, no invisível,
com sinais sagrados.
o que se busca
de boca em boca,
de beleza em beleza.
o futuro, de onde tudo deriva.
a tua voz – sem a que não.
*
Fonte: “O visível e o invisível” – alguma poesia > Severino Antônio.