MEDITAÇÃO
Por Sonia Sales
No lodo do rio
talhado de sangue dos infiéis
naves contraditórias descem na correnteza
procurando certezas
de uma eternidade
que só Deus nos pode dar.
Como o lótus nascido do silêncio
o monge medita as transições da lua,
a transparência do vidro,
o silêncio,
o nada ser, para alcançar o sempre.
Sentindo que sem a esperança do eterno
não há o sentido da vida.
Sem o saber do infinito
não há para que uma alma.