ESTAÇÃO DO TRAVO
Por Diego Mendes Sousa
É outono
e uma boa manhã para morrer
sem destino
quando as folhas
impelem sem vida
outras realidades amargas
Esse travo imenso
de vontade
(mar de sedes)
que impede o choro
(o agravo da saudade de memórias oceânicas)
no favo dos mistérios
- o rio que deságua infinito em mim,
estou a afogar-me nesta estação!
Que outra verdade
não seja conflito
sem verdade
É outono
(início de abril)
e a relatividade está seca
como todas as árvores no horizonte
- o canto mais claro de travos
As folhas absolutamente secas
nos mesmos medos atemporais!
1 Comentário para ““ESTAÇÃO DO TRAVO” – por Diego Mendes Sousa (categoria: Outros Autores)”
“Esse travo imenso” – e como é imenso, grande poeta! De um amargor imenso no outono da vida.