21 de maio – DIA DA LÍNGUA NACIONAL – por Rita de Cássia Amorim Andrade (Artigo)

Postado por Rita de Cássia ligado mai 21, 2011 em Artigos / Crônicas | 0 Comentários

21 de maio – DIA DA LÍNGUA NACIONAL

*

A língua portuguesa originou-se do Latim Vulgar. Foi introduzida na Lusitânia pelos romanos. Até o sec. IX, o material linguístico era reduzido. Do sec. IX ao século XII surgiam os textos em latim bárbaro, com palavras portuguesas (romance galaico-português). No arcaísmo os documentos eram redigidos em português e no modernismo, sec. XVI até hoje, surgiram importantes obras literárias “Os Lusíadas” (1572) de Luís de Camões.

No Brasil, a língua portuguesa foi introduzida pelos portugueses, na colonização. Recebeu influência das línguas indígenas e africanas.

Hoje, Dia da Língua Nacional, vou restringir-me a autores brasileiros, com ligeiros comentários.

*

JOSÉ BENTO MONTEIRO LOBATO – (1882-1948) nasceu em Taubaté/SP, em 1904, formou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo. Foi promotor público em Areias/SP, abandonou o cargo e foi viver em uma fazenda. Publicou os primeiros contos no jornal “Estado de São Paulo”. Em 1918 publicou a coletânea de contos “Urupês”, com destaque para o personagem Jeca Tatu. A partir de 1921, uma série de títulos infantis: “O Saci” (1921), “O Marquês de Rabicó” (1922), “A caçada da Onça” (1924, “Viagem ao Céu” (1932, “Novas Reinações de Narizinho” (1933), “O Pica-Pau Amarelo” (1939) e “Os Doze Trabalhos de Hércules” (1944). De 1926 a 1931, foi adido comercial nos Estados Unidos. Ao retornar, iniciou a campanha da produção de petróleo, que entrou em choque com O Estado Novo, foi preso durante seis meses. Morreu em São Paulo.

*

OSWALD DE ANDRADE – (1890-1954). Foi um escritor rebelde do movimento Modernista de 1922. Nasceu em São Paulo, de família rica. Iniciou-se como jornalista e crítico teatral. Viajou para a Europa e tomou conhecimento do “Manifesto Futurista de Marinetti. Tornou-se amigo do escritor Mário de Andrade. Participou da Semana de Arte Moderna. Voltou à Europa com a pintora Tarcila do Amaral. Em 1924, publicou “Memórias Sentimentais de João Miramar”, e o “Manifesto da Poesia Pau Brasil. Viajou pelo Oriente Médio. De volta ao Brasil, retomou a atividade de jornalista. Colaborou com a revista “Klaxon” e “Verde”. Em 1928, lançou a “Revista de Antropofagia, onde publicou o “Manifesto Antropófago”, com o lema “Tupy or not tupy, that is the question” Em 1931, ingressou no Partido Comunista. Passou a escrever sobre política. Separou-se Tarsila e passou a viver com Patrícia Galvão (Pagu). Teve outros casamentos. Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras, mas não foi aceito. Publicou “Serafim Ponte Grande” (1933) e “A Morta” (1937). Morreu em São Paulo.

*

ÉRICO VERÍSSIMO – (1905-1975). Nasceu em Cruz Alta/RS. Em 1932, estreou na literatura, com o romance “Fantoche”, no ano seguinte “Clarissa”. Em 1935, ganhou o “Prêmio Graça Aranha” com “Caminhos Cruzados”.  Deu aulas de literatura brasileira nas universidades americanas de Kerkely e Oakland. Foi agraciado com o “Prêmio Machado de Assis” da Academia Brasileira de Letras. A trilogia “O Tempo e o Vento” (O Continente; O Retrato; O Arquipélago – origem e formação da sociedade gaúcha), os mais importantes de sua carreira literária. Publicou “O Senhor Embaixador” (1965) e “Incidente em Antares” (1971). Suas obras foram traduzidas em vários países. Morreu em Porto Alegre.

 *

PASQUALE CIPRO NETO – representando os gramáticos – reproduzo a sua minibiografia: “É professor de português desde 1975. Colunista dos jornais “Folha de S. Paulo” e “O Globo”, entre outros. É o idealizador e apresentador do programa “Nossa Língua Portuguesa”, transmitido pela Rádio Cultura AM e pela TV Cultura, e do programa Letra e Música, transmitido pela Rádio Cultura AM. Co-autor da “Gramática da Língua Portuguesa” e do livro “O Brasil na Ponta da Língua, é também o responsável pelo conteúdo didático do CD-ROM “Nossa Língua Portuguesa”, baseado no programa da TV Cultura. Assina a série “Português com o Professor Pasquale”, o ”Anexo Gramatical” do Manuela da Redação da Folha de S. Paulo e os livros “Dia-a-Dia da Nossa Língua”. “Nossa Língua em Letra e Música” e Nossa Língua Curiosa”. ( Cipro Neto, Pasquale -“Português no Dia-a-Dia”)

 *

Nota: a expressão “dia-a-dia” perdeu o hífen na nova ortografia.

*

Por RITA DE CÁSSIA AMORIM ANDRADE

*

Deixe um comentário:

*