MORTE E VIDA SEVERINA – João Cabral de Melo Neto – por Joaquim, Elizabeth e Martônia (Outros Autores)

Postado por Rita de Cássia ligado jul 4, 2011 em Outros Autores | 0 Comentários

.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

.

.

TÍTULO: MORTE E VIDA SEVERINA

PERSONAGEM: SEVERINO

AUTOR: João Cabral de Melo Neto

Por Joaquim, Elizabeth e Martônia

*
“Morte e Vida Severina” é um Auto de Natal que focaliza a viagem de um retirante
nordestino – Severino – desde a Serra da Costela (limite entre PE e PB) até
Recife. O motivo da partida dele é a desilusão provocada pela seca. Durante
todo o trajeto ele tem como guia apenas o leito seco do Rio Capibaribe, e
compara a sua viagem a um grande rosário, onde cada vila ou cidade é uma imensa
conta. Severino encontra-se com dois homens que levam um homem morto em uma
rede, o qual fora assassinado por questões de terra. Cansado, resolve parar um
pouco e arrumar algum trabalho, porém, o único trabalho a dar lucro por ali é o
de carpideira. Seguindo viagem, chega à Zona da Mata – terra boa e fecunda –,
mas pouca diferente à do sertão, pois a terra continua nas mãos de poucos e a
morte massacra os pobres. Chegando, enfim, a Recife, ouve conversa de dois
coveiros. Para eles o cemitério deveria ser apenas para os ricos, os retirantes
deveriam ser jogados ao rio e, depois arrastados ao mar. Desesperado, Severino
decide fazer o que os coveiros dizem e segue para o cais. Porém, antes de
jogar-se no rio, confessa o que vai fazer a um morador do local – também retirante
– que se aproximara dele. Mas a conversa é interrompida, pois outro acaba de
tornar-se pai. Seguindo o amigo, Severino chega à casa dele e vê todos mito
alegres. Apesar da pobreza em que vivem, cada vizinho traz um presente,
bastante simples, é verdade,, mas que mostra a solidariedade daquelas pessoas
humildes. Dessa forma, Severino vê quão belo é o surgimento de um novo ser e
descobre o quanto vale a pena lutar pela vida, mesmo sendo ela uma VIDA
SEVERINA.

O texto aborda, ainda, o problema da reforma agrária (pág.87). Outro fato que
podemos observar nesse texto é a morte, a qual acompanha o retirante do início
ao fim da viagem. Porém, é importante atentar para o nascimento da criança,
pois é esse o ponto alto da obra, onde o autor faz uma espécie de comparação com
o Natal (objetivo da obra).

*

Deixe um comentário:

*