AUDÁLIO DANTAS lança seu aguardado livro sobre Herzog
Lançamentos de “As duas guerras de Vlado Herzog, da perseguição nazista na Europa à morte sob tortura no Brasil”, de Audálio Dantas
09.10.2012
37 anos depois, Audálio Dantas, conselheiro da UBE, relembra os dias de terror de outubro de 1975, que culminaram no assassinato de Vladimir Herzog, no DOI-Codi de São Paulo.
Seu livro As duas guerras de Vlado Herzog (Editora Civilização Brasileira) será lançado no dia 16 deste mês de outubro (uma terça-feira), a partir das 19 horas.
Local: Auditório Vladimir Herzog, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, sobreloja, Vila Buarque, São Paulo), sindicato de onde partiu a denúncia que levou a sociedade a dizer um basta à violência da ditadura militar.
Haverá outro lançamento, no dia 23 de outubro, terça-feira, no TUCA (Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes, São Paulo), após a cerimônia de entrega do trigésimo quarto Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que irá começar às 19:30.
Fonte: UBE-SP
**
Culto para Herzog, morto no DOI-Codi
31/11/1975 – Mais de 10 mil pessoas paraaticiparam de um ato ecumênico na Catedral da Sé, em São Paulo, em memória do jornalista Vladimir Herzog, que, segundo o laudo médico, teria cometido suicídio e, de acordo com parentes e amigos, teria sido torturado até a morte no DOI-Codi. A certeza de que o laudo é fraudulento é tanta que o rabino Henry Sobel fez questão de enterrar o suicida Herzog em campo santo. No dia 24 de outubro, Herzog foi chamado para depor. No dia seguinte, o jornalista, diretor do Jornal da Noite da TV Cultura, se apresentou ao DOI-Codi. Sete horas mais tarde, um boletim informava que Herzog havia se matado na cela. Antes, segundo o comando do 2º Exército, ele havia confessado ser militante do Partido Comunista Brasileiro. A viúva de Herzog, Clarice, afirmou que lutará na Justiça para que o governo seja obrigado a reconhecer que o laudo da morte de seu marido é uma farsa. Ela afirma que conta com o depoimento de outros jornalistas, presos na mesma época, que testemunharam a sessão de tortura à qual Herzog foi submetido.
Fonte: Reprodução do JORNAL DO SÉCULO – Um produto do Jornal do Brasil – 1975.
**
Obs.: No livro KAREN – CORPO E ALMA, p. 33 a personagem KAREN, ao meditar, vem-lhe à mente o suposto suícidio de HERZOG: “Sabia apenas que, algumas pessoas haviam, supostamente, cometido suicídio…”