Tela “A MERETRIZ” – by DI AMORIM – inspirado no soneto “A Meretriz” – Pe. ANTONIO TOMÁS (Artes Plásticas)

Postado por Rita de Cássia ligado fev 25, 2013 em Artes Plásticas | 2 Comentários

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Óleo sobre tela “A MERETRIZ” – by Di Amorim

 

 

MANOEL ABDORAL DE AMORIM — Di Amorim – recebendo insígnia do Mérito Renascença – outorgada pelo governador WELINGTON DIAS – Governador do Piauí.

 

 

*

 

A MERETRIZ

Essa mulher de face encaveirada

Que vês tremendo em ânsias de fadiga

Estendendo a quem passa a mão mirrada

Foi meretriz, antes de ser mendiga.

 

Em breve fugiu-lhe a sorte airada

A mocidade, a doce quadra amiga

E ela se viu pobre e desgraçada

Antes de tempo, a tanto o vício obriga.

 

Ontem, do gozo e da volúpia ardente

Fosse a quem fosse dava a qualquer hora

O seio branco e o lábio sorridente

 

Hoje, triste sina, embalde chora

Pedindo esmola àquela mesma gente

Que de seus beijos se fartara outrora.

*

Por Padre Antônio Tomás

*

*

Padre Antônio Tomás (Acaraú, Ceará, 14 de setembro de 1868 — Fortaleza, 16 de julho de 1941) foi o primeiro Príncipe dos Poetas Cearenses.

 

Nasceu na cidade de Acaraú, Ceará, a 14 de setembro de 1868. Filho do professor Gil Tomás Lourenço e dona Francisca Laurinda da Frota. Cursou latim e francês em Sobral, e concluiu seus estudos no Seminário de Fortaleza[1], onde foi ordenado sacerdote, em 1891. Esteve longos anos a serviço da Igreja, em paróquias do interior cearense, notadamente como vigário de sua terra natal, levando vida modesta e apagada, dedicado a sua missão, escrevendo versos e cuidando de sua paróquia. Exerceu o paroquiato durante trinta anos, tendo sido vigário de Trairi e de Acaraú, de 1892 a 1924, quando por motivo de saúde, deixou o exercício do múnus paroquial, a que dedicara todas as reservas da sua atividade apostólica. Iniciou-se na publicação de seus sonetos, no ano de 1901, quando o Almanaque do Ceará, daquele ano, publicou o soneto Post-Laborem. Escreveu dezenas de sonetos que eram levados à imprensa pelos amigos, já que na sua humildade e timidez procurava fugir à publicidade. Recebeu, entretanto, ainda em vida, consagração popular, sendo eleito, Príncipe dos Poetas Cearenses, num pleito realizado pela revista Ceará Ilustrado, em 1925. Está classificado entre os maiores sonetistas brasileiros, gênero a que mais se dedicou, escrevendo também composições de feição e ritmos variados, caracterizando-se por sua independência em relação a qualquer movimento ou escola literária. Foi membro da Academia Cearense de Letras e, em 1919, eleito sócio do Instituto do Ceará. Faleceu em Fortaleza, a 16 de julho de 1941, sendo sepultado no dia seguinte, na Igreja Matriz da Cidade de Santana do Acaraú, Ceará[2].

 

Reconhecidamente um dos maiores sonetistas de seu tempo, empresta seu nome a uma importante avenida na capital do Ceará. Parte de sua obra foi reunida em livro: RAMOS, Dinorá Tomaz. Padre Antônio Thomaz – Príncipe dos Poetas Cearenses. Fortaleza: Paulina Editora, 1950.

 

FREITAS, Vicente. Almanaque poético de uma cidade do interior. Fortaleza: Edição do Autor, 2004.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 

 

 

2 Comentários para “Tela “A MERETRIZ” – by DI AMORIM – inspirado no soneto “A Meretriz” – Pe. ANTONIO TOMÁS (Artes Plásticas)”

  1. Maria Elizabeth Paulelli disse em:

    Estou procurando um Soneto do Pde. Antônio Thomás que fala mais ou menos assim: só o meio que não lembro, nem o título.
    obrigada pela ajuda!!!!

    ././../././/././. (Acho que é: “Mística moeda”(?)

    “Se a dor é dada àquele que a merece,
    por que motivo sofre o bom e o justo,
    tendo, Senhor, na boca penitente
    o murmúrio constante de uma prece.

    é que Deus não existe, ou os esquece,
    diz o impenitente ………………(esqueci…
    ………………………
    ………………………….

    ………………………
    …por joelhos inflexíveis, flete os seus,
    reza por todo lábio que não ora,

    e um íntimo sentido lhe segreda,
    que assim resgata em mística moeda,
    os que não têm com que pagar a Deus.

  2. luis alberto disse em:

    desde menino ouvia meu velho e falecido pai recitar este soneto; que é uma grande verdade, e lição de vida.

Deixe um comentário paraMaria Elizabeth Paulelli

*