O PRÍNCIPE COMPLETA 500 ANOS – por Josélia Costandrade (Outros Autores)

Postado por Rita de Cássia ligado abr 17, 2013 em Outros Autores | 0 Comentários

O PRÍNCIPE COMPLETA 500 ANOS

 

Josélia Costandrade – ABCA RJ – Associação Brasileira de Críticos de Arte

 

 

Exemplo do esplendor cultural e artístico do Renascimento italiano, “O Príncipe” completa 500 anos. O nome de seu autor passou a significar astúcia, esperteza, tramas políticas (Maquiavélico, Maquiavelismo). Nicoló di Bernardo Del Machavelli – nascido em 3 de maio de 1458, em Florença e falecido naquela cidade, em 21 de junho de 1527 -  escreveu “O Príncipe” em 1513, dedicando – ao condotiero   Lorenzo II di Medici, duque de Urbino (Lorenzo, Il Magnífico). Para Lorenzo, generoso mecenas, figura emblemática do governante renascentista, Michelangelo realizara o célebre mausoléu, com o conjunto escultórico da Aurora, do Dia e da Noite. Michelangelo e Maquiavel equivalem-se em genalidade. Como Michelangelo, Maquiavel encarnava a essência do homem da Renascença; era historiador, poeta, músico e diplomata, através de sua obra original tornou-se o fundador do Pensamento da Ciência Política.

Póstuma, a primeira edição datada de 1532 expõe os conceitos fundamentais de um livro inovador. “O Príncipe”, dividido em 26 capítulos, ao mesmo tempo em que rompe com as proposições medievais acentua a filosofia do Classicismo Greco – Romano, sobretudo, ao impregnar-se dos escritos de Tito Lívio e dos conceitos virtu e fortuna, como a revelação de formulas para a obtenção e manutenção do Poder. Maquiavel analisa as diversas formas de Principados, desde os que foram herdados legalmente e, em contrapartida, aqueles usurpados ou conquistados pela força das armas ou das traições, chegando pelo crime. Alexandre da Macedônia e Dario figuram como exemplos de “um principado conquistado por armas e honra”. Uma leitura enviesada do livro pode incutir a idéia de algo inescrupuloso, cheio d artimanhas, o que não condiz com sua verdadeira essência. “O Príncipe”, ao contrário é uma Escola de ética e postura diante da entidade Estado. Sempre atual, como se fosse um telejornal diário, revela os deslizes de quantos déspotas “não esclarecidos”, ou pretensamente esclarecidos governam nos dias de hoje em todo o mundo.

 

 

 

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