O MUNDO QUE VENCI DEU-ME UM AMOR – Mário Faustino (categoria: Outros Autores)

Postado por Rita de Cássia ligado fev 26, 2014 em Outros Autores | 0 Comentários

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O MUNDO QUE VENCI DEU-ME UM AMOR

Mário Faustino

 

O mundo que venci deu-me um amor,

Um troféu perigoso, este cavalo

Carregado de infantes couraçados.

O mundo que venci deu-me um amor

Alado galopando em céus irados,

Por cima de qualquer muro de credo,

Por cima de qualquer fosso de sexo.

O mundo que venci deu-me um amor

Amor feito de insulto e pranto e riso,

Amor que força as portas dos infernos,

Amor que galga o cume ao paraíso.

Amor que dorme e treme. Que desperta

E torna contra mim, e me devora

E me rumina em cantos de vitória…

 

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Mário Faustino dos Santos e Silva.
Piauiense, de Teresina (1930), iniciou-se como cronista n´A Província do Pará, aos 16 anos. Foi bolsista na Califórnia, de 1951 a 1952, estudando a literatura de língua inglesa. Tradutor da ONU, NY, 1959-1960. Autor de um só livro – O Homem e sua Hora (Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1955) e de poemas esparsos, publicados em revistas e jornais. Notabilizou-se como crítico literário no SDJB (Suplemento Dominical do Jornal do Brasil) com a seção Poesia-Experiência, no auge dos movimentos concretista e neoconcretista. Traduziu Ezra Pound ao nosso idioma. Faleceu vítima de um acidente aéreo nos Andes peruanos, em missão jornalística (1962). A Global Editora, de São Paulo, publicou os seus “Melhores Poemas”, selecionados por Benedito Nunes, merecendo várias reimpressões.
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Fonte: Kenard Kruel

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