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QUE SONHO

Por Paulo Veiga

Neste inverno sonhei, sonho que prende

Em noite pulcra que me envolve, fala,

Idolatra minha alma decadente

De um passado de amor que não me cala

Em coração que lembra amor descrente.

Muitas mágicas, beijos tão fatais,

Amor que nunca mais foi encontrado,

Capricho imaginário, mas leais,

Híbrido de amor doce deserdado;

Ávidos sonhos falsos, desleais,

Dardo ao coração forte atormentado,

Oco de amor por não voltar jamais!

Via ao sonhar com ela os belos seios

Engalanados em rendas de seda.

Ilusório olhar via pomos cheios,

Gostoso sonho com amor fremente,

Acariciava o rosto meigo, quente!

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