CANÇÃO DE FIM DE TARDE
por Dayanne B. Sampaio
Vez em quando as aranhas me fazem de sua teia.
Elas se esticam como minhocas quando molhadas pela água da chuva.
Saltitam como pererecas ao cair da noite!
Fico olhando o movimento daquele bicho
Que mais parece uma Vida que uma vida.
As aranhas tricotam em um só ritmo
E me (en)cantam naquele silêncio do balanço
Pendurado na árvore.
Sou a teia e sou a árvore.