O PERGAMINHO E A TINTA
“Mas o verso não tem veneno
que o mate”
(Antonio Ventura)
Por Rita de Cássia Amorim Andrade
Havia um pergaminho
e havia um bico de pena.
Havia uma prosaísta
e havia uma profetisa.
Havia um poeta
e havia um poema.
Havia um tinteiro
e havia um tinir.
Havia uma mão
e havia uma mancha.
Havia um poedouro
e não havia mais poesia.
*
Sulcos do Tempo/Rita de Cássia Amorim Andrade – 2012. p.40.
1 Comentário para ““O PERGAMINHO E A TINTA” – por Rita de Cássia Amorim Andrade (categoria: Ritissima-Textos)”
Entre o haver e possível, a poesia se processa no tremular das coisas e do sentir. Belo poema!