RIO DE JANEIRO
Por Sonia Sales
Um triângulo, uma espátula,
um caminho de caracóis.
Um círculo cercado de ouro.
É cabala
Alegria escorrendo dos olhos
desperdiçando o interlúdio.
Tradição escolhendo dados.
Uma orquídea regada de amor
brilhando ao raiar da aurora.
Um cisne coroado de estrelas.
Sorrindo, o despertar.
O bate-estacas dos canteiros,
um buzinar diferente,
o ruído das ondas, o mar.
É dia, é dia!
A cidade aos poucos se rende
aos meandros do sortilégio,
aos candeeiros das montanhas,
à placidez da Lagoa.
É femina luz.
É o Rio.