COSTA ANDRADE E A ARTE COMO MEIO DE PROVOCAR EMOÇÕES
Ascom Sesc Tocantins
COSTA ANDRADE
Ele é nordestino e, como tal, não poderia fugir à regra: está sempre inquieto. Mas podemos considerá-lo como tocantinense e pioneiro, já que reside em Palmas desde o ano de 1999. Costa Andrade, ou Francisco de Assis Carvalho Costa Andrade, nasceu em 1952 em Simplício Mendes, no Piauí. Formado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, pelo Centro de Ensino Universitário de Brasília (Ceub), foi nas artes plásticas que se encontrou. Mas, como um bom artista amador, que ama antes de mais nada tudo o que faz, há anos ele agita o cenário das artes visuais no Estado.
Já participou de diversas exposições, tanto individuais, quanto coletivas, no Tocantins, Goiás e no Distrito Federal. Já doou equipamentos culturais e peças artísticas de sua autoria, a exemplo do painel que retrata o artista plástico Mauro Cunha, exposto no Centro Cultural de mesmo nome em Gurupi.
Performático e engajado, ele está sempre provocando. As suas mais recentes provocações são as exposições individuais “Universos”, na Galeria de Artes do Sesc e “Façam Suas Apostas, Senhores”, no espaço permanente Arte ao Cubo do Sesc, ambos em Palmas, e que seguem abertas à visitação gratuita até o dia 30 deste mês.
Conheça mais um pouco sobre a inquietude do artista Costa Andrade na entrevista a seguir:
— Como e quando se deu o seu despertar para as artes visuais?
— Fui criado numa casa onde se respirava arte. Meu pai era poeta/escritor e, na adolescência, morou em Salvador (BA) e juntamente com o então, também jovem, Jorge Amado. Juntamente com outros escritores, fundaram a Academia dos Rebeldes e, juntos, chegaram a publicar uma revista sobre o assunto. Portanto, arte pra mim vem de berço… ou melhor de rede, pelas minhas origens nordestinas.
— A sua graduação é em Comunicação?
— Sim. Na minha época, quem cursava Comunicação Social estudava duas profissões juntas, em um período básico e comum de quatro semestres (dois anos). Após este período, o aluno então escolhia qual o curso que se especializaria nos próximos quatro semestres: Jornalismo ou Publicidade e Propaganda.
— E falando nisso, a imprensa tem um papel fundamental no sentido de valorizar e/ou “vender” alguma coisa como arte?
— Certamente, pois o comprador de arte, ou melhor, o investidor em arte acompanha as notícias sobre o assunto e, por conseguinte, a carreira do artista que se valoriza naturalmente com a divulgação das suas mostras.
— Quais artistas são seus ídolos? Por quê?
— Adoro Picasso, pelo seu vanguardismo e criatividade, principalmente pelo domínio técnico. Também gosto muito de Monet com a sua inigualável técnica impressionista.
— Como o Costa Andrade vê o cenário das artes visuais no Brasil?
— O País progride apesar dos desgovernos dos governantes…. E a arte ganha cada vez mais espaço, não somente nos lares, bem como nos espaços públicos. Como diz um rock das antigas: “a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte “.
— E essa mesma cena no mundo, como você a vê?
— Acredito que vivemos, de certa forma, um momento espelho, meio que embaçado, mas espelho. O que reverbera aqui no Tocantins, certamente é reflexo de tudo o que acontece no mundo. As pessoas têm a cada dia mais tempo para o lazer, para a leitura, para a fruição estética e para a participação ativa com a arte, seja ela de qualquer forma de expressão, como a música, a dança ou a convivência com o produto final das artes visuais.
— E aqui no Tocantins, qual é o panorama?
— Sobre o panorama tocantinense, temos nos dedicado, principalmente, no trabalho sério que o Sesc vem fazendo há muitos anos, desde que aqui iniciou os seus trabalhos. Com um trabalho abalizado em editais públicos, nos quais é permitido aos interessados participarem dos espaços que a instituição oferece. Não somente ao produtor das artes visuais, mas, principalmente, para o público apreciador desta área específica.
— Qual é a ambição ou meta do artista plástico Costa Andrade?
— Um estado com um projeto para as artes visuais sólido, seguindo – por que não dizer – o que vem sendo feito no Sesc, com seriedade, com responsabilidade e, principalmente, com continuidade.
— Qual obra de arte que você admira e que gostaria de tê-la feito? Por quê?
— Eu nunca estou satisfeito totalmente com o que executo. Penso que quem tem que valorizar uma obra não é quem a faz, mas sim, o espectador. Este, sim, é que com a sua carga emocional/cultural e crítica é quem realmente complementa a peça que foi executada. É onde a peça em si começa a ter o que chamo de “animus’’, ou seja, passa a ganhar vida e a realmente entrar no rol de obra de arte. É um processo mítico, sendo um entrelaçamento, uma espécie de simbiose, onde o espectador, com o seu olhar, faz com que esta tenha algum valor e um significado para si, alcançando igual ou maior prazer em vê-la, quando do momento prazeroso e mágico vivido pelo artista a vir a executá-la.
— Qual o objetivo da arte na sua visão?
— A arte tem que provocar uma emoção, qualquer que seja. Que se provoque o gostar ou não das pessoas, jamais a indiferença.
— Complete a frase: um artista plástico pode mudar o…
— …Mundo, a partir da concepção e criação do mundo em que vive somente no seu inconsciente, pertencendo pois, somente a ele, antes das peças virem a ser executadas.
— Além das exposições individuais “Universos”, na Galeria de Artes do Sesc e “Façam suas Apostas, Senhores”, na praça externa do Centro de Atividades, ambas abertas à visitação até o dia 30 deste mês na Capital, quais são os próximos projetos do artista plástico Costa Andrade?
— Tenho uma Mostra agendada para fevereiro no “Corredor Cultural” na Universidade Federal do Tocantins (UFT), conquistada por meio de edital.
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