S E R P E N T E
Por Beatriz Alcântara
Não és o caminho
que leva ao centro do mundo.
não és também o caminho
que margeia o bem e o mal.
Por isso caminho por onde caminhas
meeira da cor
aliada da sensação
submissa ao tempo.
Como tu – caminho
sem nem precisar a meta
sem me aperceber do obstáculo
sem deixar de achar o sentido.
Caminho : – serpente
após teu rastro
numa crença iniciática
das tuas inúmeras verdades.
*
S E R P E N T
By Beatriz Alcântara
you are not the way
to the center of the world.
also you are not the way
alongside good and evil.
that is why I walk where you walk
sharing the color
allied to the sensation
subject to time.
like yourself – I walk
aimlessly
over the obstacles
but meaningfully.
I walk: – serpent
following your track
in an initiation belief
of your truths.
*
Bibliography
1973 – La Revolte Positive de Simone de Beauvoir (The Positive Revolt of Simone de Beauvoir), essay.
1977 – Boletim de Poesia – Poetry Bulletin (partnership with Lídia Brito and Glícia Rodrigues).
1985 – Fernando Pessoa e o Momento Futurista de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa and the Futurist Moment in Alvaro de Campos), essay.
1988 – O Outro Lado do Olhar (The Other Side of Sight), short stories (partnership with Samira Abrahão, Joyce Cavalccante, Stela Maris Resende and Glícia Rodrigues).
1992 – La Parure, play.
1993 – A Academia Brasílica dos Esquecidos (The Brazilic Academy of the Forsaken), essay.
1993 – Daquém e Dalém-Mar (On this side and on that side of the Ocean), short stories.
1997 – Água da Pedra (Stone Water), poetry.
1999 – O Portal e a Passagem (The Door and the Passage), poetry.
2000 – Amor nos Trópicos e Águas dos Trópicos (Love in the Tropics and Waters of the Tropics) – a selection in partnership with Lourdes Sarmento.
2001 – Raízes do Tempo (Roots of Time), poetry.
Fonte: Rede de Escritoras Brasileiras-REBRA
Foto: blog-opovo.com.br
Figura: Google.