Escritores de A a Z – ZEILTON ALVES FEITOSA (Outros Autores)

Postado por Rita de Cássia ligado ago 7, 2012 em Outros Autores | 0 Comentários

Escritores de A a Z > ZEILTON ALVES FEITOSA (Z.A. FEITOSA)

Z.A. Feitosa é o pseudônimo literário de Zeilton Alves Feitosa, nascido em 14 de Dezembro de 1952, na povoação de Marizópolis, então comarca de Sousa, no Estado da Paraíba, onde experimentou desde criança as dificuldades de sobrevivência dos habitantes do sertão nordestino.

Tem por pai Etelvino Alves Feitosa e por mãe Rufina Gonçalves Feitosa. Cresceu numa grande família formada por uma meia-irmã: Simone; por quatro irmãs: Zuleica, Zuleide, Zulene e Zenaide; e dois irmãos: Zenilton e Zemilton, além de agregados, comum naquela época. Eram seus pais pessoas de poucas posses, que mal conheciam o alfabeto, mesmo assim se preocupavam em oferecer, além de comida, educação e instrução formal para os filhos.

Estudante, ainda, do Colégio Agrícola do Crato (CE), Z.A. Feitosa veio para São Paulo em 1972, deixando-se fascinar pela grande cidade, onde passou a estudar e viver. Em 1975, casou-se com Harue Ishihara com quem tem um filho, Hiroaki Feitosa, um grande amigo e incentivador. Em 1977 – ano de nascimento do seu filho – Z.A. Feitosa converteu-se ao umbandismo e, juntamente com José A. Navas – seu colega na UNIFMU, fundou, sob a orientação do Balalorixá Jamil Rachid, um templo de umbanda, o qual, em 2007, assumiu a denominação de Casa do Pai Joaquim de Aruanda (CPJA).

Antes de concluir sua especialização em Jornalismo Brasileiro e Comparado, em 1982, na Faculdade Cásper Libero, ele cursou contabilidade na Escola Técnica Dom Pedro II, assim como se fez bacharel em Administração de Empresa pela UNIFMU. Depois de algum tempo afastado dos bancos escolares, voltou a estudar e, em 1986, foi licenciado em Disciplinas Técnicas pelas Faculdades Campos Salles. Três anos depois, agregou à sua formação o título de bacharel em Ciências Contábeis pela FACESP. E, mais recentemente, Z.A. Feitosa seguiu o curso de pós-graduação de Gerente de Cidade na FAAP.

Contista e poeta, desde cedo, Z.A. Feitosa sentiu-se fascinado pelo fazer literário, participando de concursos de redações e poesias. Sob pseudônimo, escreveu contos para revistas com apelo erótico. Isso, no auge da abertura política, no início dos anos 80, no contexto de liberdade de imprensa que fora recém-restaurada. Foram textos escritos sem maiores pretensões, em verdade ao largo de interesses editoriais, preocupados apenas com a distração dos sentidos, mas que surpreendiam o leitor pelo poder de imaginação.

Em 1984, quando do lançamento do seu terceiro livro, por circunstâncias alheias à sua vontade, sua carreira literária foi interrompida, mantendo-o afastado da escrita literária por cerca de 20 anos. Ao se preparar para a aposentadoria, porém, resolveu abraçar de uma vez por todas a literatura. Ao publicar um novo livro de contos, em 2007, e retomar, por meio de um portal na internet, aquela obra, que foi prematuramente interrompida, Z.A. Feitosa rompeu artisticamente o injusto silêncio literário, que lhe foi imposto, inaugurando uma nova fase em sua vida de escritor.

No início de 2008, Z.A. Feitosa trocou, definitivamente, a escrituração mercantil – balanços e históricos de lançamentos contábeis – pela feitura dos versos e narrativas da escritura literária, celebrando sua aposentadoria, enquanto contabilista, com a publicação de um livro de poemas, ao fim de 35 anos de serviços na área contábil.

Obras publicadas:

Mulher Macho – Sim, Senhor! Romança. São Paulo: Cortez, 1980.

Asas Queimadas. Suíte. São Paulo: Edição do Autor, 1981.

Algolagnia. Histórias Reais e Imaginárias. São Paulo: Econ Editorial, 1984.

O Íntimo Ofício. Memórias. São Paulo: Scortecci Editora, 2007.

Borboleta em Cinza. Salmos Profanos. São Paulo: Scortecci Editora, 2008.

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Site: http://www.feitosa.net

Fonte: Reprodução UBE-SP

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Does anyone remember the unusual pleasure that dyed Z.A. Feitosa’s poetry and the eroticism throbbing, sometimes obscene, that permeated his prose? The fact is that Z.A. Feitosa was a virtual unknown in 2006 when rediscovered the literary creation, despite the relative notoriety that its texts reached in the early ’80s. The work of Z.A. Feitosa is strongly marked by the rare combination of lyricism and sex. It is truth, however, that this mixture of elements, although several, just widen the artistic dimension of his prose and his poetry. What’s better in Z.A. Feitosa is, without doubt, his imaginative and irreverent side, regionalism and a captivating and unusual metaphors, which temper his work. The formidable is that Z.A. Feitosa is on the Internet, surrendered unconditionally to the power of the net after breaking in 2007, of an unfair literary silence of 22 years.

Z.A. Feitosa – Escritor

Haverá quem se recorde da volúpia inusual que tingiu a poesia de Z.A. Feitosa, e do erotismo palpitante, algumas vezes obsceno, que permeou a sua prosa? O fato é que Z.A. Feitosa era praticamente um desconhecido em 2006, quando redescobriu o fazer literário, em que pese a relativa notoriedade que seus textos alcançaram no início dos anos 80. A obra de Z.A. Feitosa está fortemente marcada pela combinação rara de lirismo e sexo. É verdade, porém, que essa mistura de elementos, embora diversos, apenas amplia a dimensão artística de sua prosa e sua poesia. O melhor de Z.A. Feitosa é, sem dúvida, o seu lado imaginoso e irreverente, além do regionalismo cativante e das metáforas incomuns, que temperam sua obra. O formidável é que Z.A. Feitosa está na Internet, rendido incondicionalmente ao poder da rede, depois de romper, em 2007, um injusto silêncio literário de 22 anos.

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