FERREIRA GULLAR
Nasceu em 10 de setembro de 1930. Com um cabedal imenso na arte de escrever – poeta, tradutor, memorialista, ensaísta, biógrafo, argumentista de teatro e de televisão e crítico de arte, FERREIRA GULLAR, maranhense, radicado no Rio de Janeiro, é o codinome do cidadão JOSÉ RIBAMAR FERREIRA, diretor da Fundação Cultural de Brasília, nos anos sessenta, quando projetou e lançou a construção do Museu de Arte Popular. Nos anos duros da ditadura militar, 1971 a 1977, esteve exilado (Moscovo, Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires).
Dentre muitos, escreveu o poema que o tornaria o mais conhecido poeta da nossa língua: “Poema sujo”. Já foi vencedor de outros prêmios, como o Prêmio Jabuti 1999, e 2007; o Prêmio Alphonsus de Guimarães e o prêmio Multicultural 2000, do jornal “O Estado de São Paulo”. Em 2002 foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura, por escolha de nove acadêmicos dos EUA, de Portugal e do Brasil. Sou sua leitora e me sinto orgulhosa desse prêmio.
No meu livro SULCOS DO TEMPO escrevi um acróstico sobre FERREIRA GULLAR:
F-Febo, deus do sol,
E-Enredado nas letras sujas,
R-Refloresces a cada dia.
R-Remanescente do Olimpo,
E-Enrugada pele octogenária,
I-Infante a cada manhã,
R-Raios tu emites sem dó,
A-A ninfa, em Girassol transformaste.
G-Gurnindo ela a sua dor de amor,
U-Ultimato de um deus pagão,
L-Laico de piedade cristã,
L-Legado mutilador,
A-Amarelaste suas folhas;
R-Rastejante, ela te segue.
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PARABÉNS, FERREIRA GULLAR! VIDA LONGA!
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